O setor da construção civil sempre foi um dos pilares da economia brasileira, desempenhando um papel crucial na geração de empregos e no impulsionamento de investimentos. Ao longo dos anos, tem sido um termômetro do desenvolvimento do país, refletindo diretamente as oscilações do mercado.
Em relação aos três primeiros trimestres de 2024, o PIB cresceu 4,1% em relação a igual período do ano anterior. (IBGE). Somente em 2021, o PIB dessa área cresceu mais de 9%, sendo o maior salto dos últimos dez anos. (TelMec). Esse crescimento gerou empregos e movimentou cadeias produtivas inteiras.

De acordo com Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o nível de atividade do setor chegou a 53,8 pontos, um indicativo de otimismo e expansão. Além disso, a intenção de investimento está acima da média histórica.
Confira a tabela com os dados da pesquisa da CNI sobre os últimos meses de 2024:
Variação do Indicador de expectativa | Resultado Final | |
Perspectiva para novos empreendimentos e serviços | + 2.1 pontos | 53.8 pontos |
Número de empregados | + 0.5 ponto | 52.5 pontos |
Expectativa de compras de insumos e matérias-primas | + 0.3 ponto | 51.4 pontos |
Intenção de investimento | + 0,1 ponto | 45.9 pontos |
O levantamento adota uma escala de zero a 100 pontos, onde valores acima de 50 indicam uma perspectiva positiva.
Construção Civil para 2025
Para 2025, as perspectivas para o setor da Construção Civil são otimistas, com projeções indicando um crescimento de 3% no PIB. Esse cenário é impulsionado, principalmente, pelos investimentos do programa Minha Casa Minha Vida, pela retomada de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pelo aumento da demanda no mercado imobiliário.
Este otimismo se reflete não apenas nas projeções de crescimento do PIB da construção, mas também no aumento da confiança entre empresários e investidores.
No entanto, alguns fatores tendem a influenciar esse crescimento, como a variação nos custos dos materiais de construção, as condições do financiamento imobiliário e a necessidade de qualificação profissional para acompanhar as novas demandas do setor.
Segundo o Engenheiro Civil e Professor, Henrique Santiago, podemos ver diversas oportunidades neste meio. “O fato é que o mercado está confiante na queda da taxa Selic, justamente para impulsionar o mercado imobiliário e com ele a economia de nosso país. Afinal, ter acesso e facilitar o crédito imobiliário é garantia de impulsionamento de novos empreendimentos, alavancagem da economia e geração de empregos”.
Em 2023, foram R$ 250 bilhões de créditos direcionados ao financiamento imobiliário, já em 2024 um total de R$ 312,4 bilhões, um aumento de 24,7%, ano em que tivemos 1.173.000 unidades financiadas, aumento de 18,3% em relação a 2023. Fonte: ABECIP.
De acordo com o Engenheiro Civil e Professor, Rodrigo Nunes, o setor da construção civil em 2025 deve crescer impulsionado por investimentos públicos e inovação tecnológica, mas enfrentará desafios como a alta dos juros e a escassez de mão de obra qualificada, especialmente para ocupar cargos táticos e gerenciar os projetos com eficiência.
Desafios da Construção Civil para 2025
Apesar das boas perspectivas, o setor ainda enfrenta obstáculos que podem dificultar seu crescimento pleno. Entre os principais desafios, podemos destacar:
- Altos custos de materiais e insumos: O aumento dos preços pode impactar a viabilidade de muitos projetos, exigindo melhor planejamento financeiro e logístico.
- Taxas de juros e acesso ao crédito: A elevação dos juros pode dificultar a captação de financiamento por empresas e consumidores.
- Escassez de mão de obra qualificada: Apesar da alta demanda, a falta de profissionais treinados ainda é um problema significativo. Investir na qualificação da equipe será essencial.
- Sustentabilidade e regulamentação ambiental: Normas mais rígidas exigem que as empresas adotem práticas sustentáveis, o que pode demandar novos investimentos e mudanças nos processos produtivos.
“A realidade é que hoje enfrentamos uma taxa de juros relativamente alta, quando comparada a anos anteriores, principalmente sobre o acesso ao crédito para a aquisição de imóveis.” Henrique Santiago
Quando analisamos os dados do INEP sobre a mão de obra qualificada deste setor (engenheiros, arquitetos, diretores, analistas, entre outros) e comparamos com o número de ingressantes no curso de Engenharia nos últimos cinco anos, podemos identificar uma estagnação do número de estudantes em Engenharia Civil:
- 2019: 75.195 alunos;
- 2020: 75.943 alunos;
- 2021: 81.451 alunos;
- 2022: 82.145 alunos;
- 2023: 82.859 alunos.
O mercado da engenharia apresenta uma perspectiva promissora para os próximos anos. O número de formandos na área ainda não acompanha o ritmo de crescimento do setor, o que pode gerar, a médio e longo prazo, uma demanda crescente por profissionais qualificados na construção civil. Essa necessidade já é perceptível atualmente, com empresas buscando especialistas para atender às exigências do mercado.
Além disso, a construção civil é um setor cíclico, diretamente influenciado pela economia. Em períodos de crescimento econômico, há um aumento significativo nas atividades do setor, impulsionando a demanda por engenheiros e outros profissionais especializados, enfatiza Santiago.
Ter uma qualificação profissional diante deste cenário, torna-se essencial. A pós-graduação Engenharia Diagnóstica: Patologias e Perícias na Construção Civil é uma excelente oportunidade para você desenvolver habilidades estratégicas e técnicas, garantindo que esteja pronto para os desafios e oportunidades do setor da Construção Civil.
A construção do futuro passa pela inovação e pelo conhecimento. Invista em sua carreira e esteja preparado para transformar desafios em oportunidades.